Fitoterapia: conheça a prática integrativa que faz uso de plantas medicinais
Muitas pessoas não sabem, mas a fitoterapia é uma prática integrativa que utiliza plantas medicinais para prevenção e tratamento de diversos distúrbios e doenças. A prática foi descrita pela primeira vez pelo médico francês Henri Leclerc, no século XX. Porém, acredita-se que a fitoterapia seja usada desde o início da humanidade, por volta de 8.500 a.c., mas foi apenas em 1978 que a Organização Mundial da Saúde reconheceu como método medicinal com fins profiláticos, de cura, paliativo e de diagnóstico. Vale ressaltar que, no Brasil, os medicamentos fitoterápicos são aprovados pela ANVISA, fabricados e cientificamente testados e oferecidos pelo SUS.
Conheça os benefícios da fitoterapia
A fitoterapia é uma prática integrativa, ou seja, não trata apenas o problema relatado, mas sim suas causas e origem. Sendo assim, veja alguns dos distúrbios e doenças que podem ser beneficiados com o tratamento:
- Insônia;
- Estresse;
- Dores e contusões;
- Constipação;
- Problemas digestivos;
- Resfriados e gripes;
- Entre outros.
Fitoterapia e plantas medicinais: quais as diferenças?
Fitoterápico é todo medicamento elaborado exclusivamente com matérias primas vegetais. Essa matéria-prima pode ser a planta fresca, seca ou o medicamento vegetal e seus derivados. Além do uso caseiro de chás, infusões, xaropes e tinturas, os fitoterápicos podem passar por algum processo farmacológico e ser comercializado em forma de cápsulas, pomadas, etc", explica a nutricionista especialista em fitoterapia Tania Abreu.
O uso de chás medicinais é baseado na cultura popular, passado de geração em geração: é um saber ancestral. Já os medicamentos fitoterápicos são fabricados por farmácias de manipulação e/ou pela indústria farmacêutica com os padrões de segurança que regem o setor.
A especialista em fitoterapia também explica que tanto a versão in natura ou seca quanto a farmacológica são eficazes na prevenção e tratamento de doenças. O que pode interferir na escolha do método é que, dependendo do distúrbio a ser tratado, é necessário apenas um composto específico presente na planta e a padronização medicamentosa permite essa dosagem.
Quais os fitoterápicos mais conhecidos?
- Camomila: usado para combater insônia e quadros depressivos. O chá deve ser feito em processo de infusão. As flores secas devem ser infusionadas por cinco minutos em água quente, coadas e ingeridas;
- Passiflora: assim como a camomila, a folha do maracujá ajuda a combater insônia, controlar a ansiedade e estresse. As folhas devem ser rasgadas ou amassadas levemente e fervidas por aproximadamente cinco minutos. Depois, deve repousar por mais cinco minutos antes da infusão ser ingerida;
- Guaco: possui propriedade expectorante e ajuda no tratamento de problemas respiratórios. As folhas devem ser infusionadas por 3 a 5 minutos antes de ingerir. Tinturas e xaropes também podem ser utilizados em concentração e quantidade recomendados pelo profissional;
- Poejo: possui propriedades digestivas, antissépticas, expectorantes e ajuda no tratamento de resfriados, gripes e problemas digestivos. Assim como o poejo, as folhas de guaco devem ser infusionadas por 3 a 5 minutos antes de ingerir. Tinturas e xaropes também são indicados em concentração e quantidade recomendados pelo profissional;
- Gengibre: ajuda a aliviar enjoo, vômitos, melhora a digestão e sensação de mal-estar. Para extrair os benefícios, deve-se ferver um pedaço de gengibre por 3 a 5 minutos e deixar em repouso por mais cinco minutos antes de ingerir.
A fitoterapia provoca efeitos colaterais?
Apesar de ser um tratamento natural, os medicamentos devem ser usados com cautela e de acordo com a prescrição do profissional. O uso indiscriminado pode causar enjoos, irritação gástrica, alergia e até mesmo intoxicação.
Gestantes, crianças abaixo de dois anos, lactantes, idosos e pessoas com doenças crônicas devem ter atenção redobrada. Assim como medicamentos alopáticos, algumas substâncias não são indicadas e não devem ser consumidas.
